Houve uma greve significativa na indústria bananeira no Panamá em meados de 2025, envolvendo trabalhadores da Chiquita Brands, além de greves históricas notáveis, como a de 1928 na Colômbia e a de 1954 em Honduras.
Greve Recente (Panamá, 2025)
Em abril de 2025, trabalhadores da indústria bananeira na província de Bocas del Toro, Panamá, iniciaram uma greve por tempo indeterminado.
- Motivação: A greve foi um protesto contra as reformas previdenciárias do governo, consideradas prejudiciais pelos trabalhadores.
- Consequências: A filial panamenha da Chiquita Brands alegou perdas superiores a 75 milhões de dólares e danos irreversíveis na produção. Com o apoio do governo, que declarou a greve ilegal, a empresa demitiu milhares de trabalhadores (cerca de 5.000 pessoas foram afetadas). O governo chegou a decretar estado de emergência na província afetada.
Greves Históricas
A indústria bananeira tem um histórico de conflitos trabalhistas na América Latina, muitas vezes marcados por condições de exploração e repressão:
- Massacre das Bananeiras (Colômbia, 1928): Uma das greves mais infames ocorreu em 1928, na Colômbia. Dezenas de milhares de trabalhadores da United Fruit Company entraram em greve devido às condições de exploração. A greve terminou em um massacre brutal perpetrado pelo exército colombiano, que abriu fogo contra os grevistas. O número exato de mortes nunca foi confirmado e o evento é um marco na história colombiana e na literatura latino-americana (imortalizado em "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez).
- Greve de 1954 (Honduras): Outra greve importante ocorreu em Honduras, em 1954, que também teve um impacto significativo nas relações trabalhistas e na história do país.
Essas greves destacam as lutas contínuas por direitos trabalhistas e a influência histórica das multinacionais bananeiras na política e na sociedade da América Latina.